terça-feira, 21 de julho de 2009

Conclusão

Conforme fui montando esse portfólio, fui percebendo a importância dessa disciplina e desse portifólio na minha formação acadêmica. Já entro em sala de aula e vivencio as dificuldades que o professor de música enfrenta quando precisa elaborar uma aula que todos os alunos possam participar e, principalmente, aprender. Essa é uma grande dificuldade, visto que alguns alunos já têm experiências com música em suas aulas particulares. A manutenção do professor e de seu conhecimento é de grande importância para que suas aulas tenham função. Um planejamento raramente pode ser usado duas vezes, pois duas turmas diferentes têm formações musicais diferentes, realidades diferentes, opiniões diferentes e aceitam o conteúdo de maneira diferente. Por isso, manter um portifólio não só dos conhecimentos adquiridos na Graduação, mas também dos planejamentos desenvolvidos na vida profissional é uma excelente opção para se buscar recursos para planejar uma nova aula. Elementos se repetem em alguns planejamentos, mas a aneira como devemos lidar e driblar esses elementos é diferente de uma turma pra outra. Estar ciente disso é primordial para alcançar uma carreira de sucesso e conseguir cumprir a função a que fomos destinados: ensinar. Ensinar é aprender, e pretendo abrir esse portifólio mais vezes, para pesquisá-lo e para incluir novas experiências que poderão me ajudar no futuro.


Obrigado por nos ter dado essa dica e por obrigar-nos a redigir esse portifófio (se eu não precisasse fazer esse portifólio agora, eu iria para a sala de aula sem munição, pois eu não iria fazer nem a pau hehehehehe)

Obrigado por tudo!

Flávio.

Aula 17 - 29/06/2009

Aula voltada para a apreciação musical.

Os trabalhos apresentados nessa aula são uma continuação daqueles apresentados na aula 09.

Mônica trouxe um vídeo que mostrava o Planeta Terra respirando, ou seja, o homem precisa preservar o planeta para que ele não dê seu último suspiro. Relacionou-se esse vídeo com o movimento que o diafragma realiza no momento do canto. Mônica trouxe ainda um Rap chamado "Ar", Bia Bedran, que também faz referência ao Meio Ambiente e às questões ambientais.

Marcos trouxe um DVD de Toquinho (1983), gravado na Suiça, do compositor homenageando os músicos que tocaram com ele durante sua carreira.

O grupo de Ana Paula, Flávio e Tatiane trouxe quatro vídeos. O video de Toquinho "Aquarela"; um comercial de shampoo da Jhonsons (Cabelo Cacheado); um video da TV Cultura, Lava a Mão (Educativo) e um vídeo do Palavra Cantada, O Rato. Não postei os videos pois o CD ficou em Jandaia.

A música "Aquarela" tem uma letra que cativa bastante a imaginação, em que quem ouve cria as imagens das formas sugeridas conforme segue a música.

O video "Lava a Mão" tem caráter educativo, procurando passar pra criança a importância de manter a higiene.

O vídeo "O Rato" é um musical do Palavra Cantada, em que a letra cresce em elementos que vão sendo adicionados a cada estrofe, que são inclusos naqueles que se repetem das estrofes anteriores. A pessoa que assiste esse video tem condições de, juntamente com o enredo do próprio musical, estimular a imaginação e a criatividade para incluir seus próprios elementos a música.

O vídeo do "Cabelos Cacheados" também faz alusão à higiene, mesmo que em um caráter extritamente comercial.

O semestre se encerrou nas atividades realizadas nessa aula.

Aula 16 - 22/06/2009

Trabalhamos com a música "Escatumbararibê".


Zum, Zum, Zum

Escatumbararibê

Escatumbararibê

Escatumbatinga


Auê

Sarubê, Abá

Escatumbararibê

Escatumbatinga



Trabalhou-se essa música usando copos de plástico. O caráter rítmico era predominante e os copos eram um complemento a ele. O jogo de copos enquanto se executava a música tem um caráter lúdico muito interessante, pois ao mesmo tempo, o aluno consegue vivenciar a música, brincar e desenvolver sua coordenação motora.

Aula 15 - 15/06/2009

Curso com Annelise Godoy: Gestão Cultural.

Aula 14 - 08/06/2009

Ensaio com o coro do CCH e o grupo de Prática de Conjunto III.

Há dificuldades para a entrada do coro. É necessário mudar a estrutura da música.

O som ambiente e o cordel continuam. Saimenton dá as notas e o coro entra a capela.

O ritmo do coro está mais devagar do que o ensaiado pela turma.

Aula 13 - 01/06/2009

Ensaio da música Candieiro.

Aula 12 - 25/05/2009

Definição dos grupos e da estrutura de Candieiro.

Aula 11 - 18/05/2009

Continuamos trabalhando a música Candieiro.


Buscou-se montar a estrutura da música

Inicialmente a estrutura ficou assim:

  • Som Ambiente, com a viola e Saimenton recitaria um trecho da Literatura de Cordel.
  • Viola executa as notas para o coro.
  • O ritmo começa com cada um dos pequenos grupos por vez.

Grupos:
1. Palmas
2. Palma fechada na frente da boca (eco)
3. Palmas nas pernas
4. Mão espalmada no contratempo
5. Garrafas
  • O coro entra e o ritmo mantem
  • Refrão
  • Repetição da música inteira
  • Os grupos vão saindo como entraram: um por um

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aula 10 - 11/05/2009

Assistimos ao DVD de Marcos Antônio Guimarães, compositor, diretor e fundador do grupo instrumental mineiro "Uakti". Esse grupo tem por característica criar músicas com instrumentos confeccionados por eles próprios. Marcos Antônio no vídeo abordou os processos de confecção dos instrumentos, os "problemas" quanto à afinação, timbre, ressonância dos instrumentos, e a criação das músicas, que muitas vezes se utilizavam de temas folclóricos e conhecidos mundialmente; e que em outras eram de criação do próprio grupo. A qualidade do material é muito grande, e nos dá a dimensão do que se pode fazer em sala de aula, assim como o que comentei sobre o vídeo do Barbatuques.

Após esse momento de apreciação, recebemos a notícia de que precisávamos montar um arranjo para a música "Candieiro", que seria cantada pelo coro do CCH no IV Festival de Corais do DMU. Os alunos da disciplina Prática de Conjunto III também estavam montando um arranjo, que seria sobreposto ao nosso. Para isso, houve a supervisão da professora Andréia Anhezinhi e das professoras Juviane e Viddlin.

Houve experimentação com sons corporais e timbres de instrumentos de percussão. Houve também a ideia de usar na música garrafas com água.

Aula 09 - 04/05/2009 - Parte 1

Os grupos do Rap se apresentaram.

Os vídeos:

Grupo 1:


Grupo 2:

Ambos os grupos trabalharam durante 3 semanas para montar esse Rap, com letra, base harmônica, base rítmica e melodia. A maior discussão gerou em torno das letras. Elas deveriam expressar a realidade de cada grupo. O Grupo 1 tomou como base a realidade que o aluno Saimenton viveu durante a adolescência, e o Grupo 2 levou em conta a realidade cotidiana, que quem vive em centros urbanos geralmente vivencia. Ambos os grupos se utilizaram de instrumentos do próprio Departamento de Música para suas composições.

Aula 09 - 04/05/2009 - Parte 2

Os grupos apresentaram seus Raps. Essa apresentação foi uma avaliação.




Os videos estão em uma postagem separada.




A aula consistiu em uma apreciação musical buscando elementos que pudessem ser utilizados em sala de aula. A sala novamente foi dividida em grupos, para que cada um desses grupos trouxessem um material.




O primeiro grupo trouxe um vídeo chamado Love 2008, de Ilana Iahav; uma música de Tom Jobim, em que Luiza Possi e Oscar Castro Neves cantam "Este seu olhar" em CD em homenagem ao compositor e aos 50 anos da Bossa Nova; e um CD de Leandro e Leonardo voltado para o público infantil, entitulado "Leandro e Leonardo só para crianças".






O video Love 2008 levantou uma questão: "Será que os movimentos com a areia foram feitos para a música, ou a música foi feita para servir de fundo a esses movimentos?" Houve outra discussão sobre o timbre dos instrumentos, pois enquanto ouvia essa música, uma riança perguntou para Paulo se essa música era a Pantera Cor-de-Rosa. Percebemos que a cognição musical muitas vezes é influenciada por fatores mínimos, que não levamos em conta na maioria das vezes, mas que chamou a atenção de uma criança, porque o Saxofone é o instrumento solo de ambas as músicas, o que foi referência para o entendimento da criança.









Não encontrei o vídeo de Luiza Possi, mas coloquei este, pois o importante nesse caso é a música em si, e não o intérprete. Esse vídeo homenageia a Bossa Nova, que foi um dos ritmos mais importantes do século XX no Brasil.


As músicas do CD de Leandro e Leonardo não foram encontradas no You tube, mas ler uma das letras ajuda a compreender o motivo de sua utilização na sala de aula.




O que é O que é



Adivinha o que é o que é


Não sente cheiro e tem umNarigão


Não é ave mas pode voar


Quem é? É o avião.


Puxa vida onde é que já se viu


Tem telefone mas não usa não


Escuta tudo mas não pode ouvir


Quem é? É o orelhão


Essa é uma brincadeira


De adivinhação


Procure nas coisas uma idéia doida


E daí começa a confusão


Vire do avesso


Do fim pro começo


Use a imaginação

Aula 08 - 27/04/2009

Nessa aula, os grupos se reuniram para acertarem os detalhes finais do Rap.

Ao retornarem para a sala, passamos para um período de apreciação. Foi executada a música "Tudo Passa", da banda NXZero. Essa música é um Rap feito por uma banda que tem suas raízes na classe média. Marcelo D2 é um Rapper muito criticado por ser de classe mais favorecida e compor Raps. Os moradores das favelas e guetos, onde é produzido a maioria dos Raps, discriminam o Rap produzido fora da favela, pois não têm a função denúncia social e de meio de expressão das camadas menos favorecidas. Mas um ponto interessante de se pensar é que quando essa música extrapola as barreiras da favela, sendo produzida por classes mais favorecidas economicamente, as chances dessa música entrar na mídia e chegar as classes mais altas da sociedade são maiores, popularizando a cultura Hip Hop. É importante ressaltar que o Rap de NXZero não tem linguagem e contexto da favela. Ele passa a mensagem mais genérica, que se encaixa em qualquer realidade social. Marcelo D2 foi bastante criticado por muitas vezes falar de uma vida difícil, sem ter passado por tantas dificuldades na vida. O Rap na favela muitas das vezes é a única maneira que alguém de lá tem para mostrar ao mundo os problemas e as dificuldades que eles enfrentam.


Após a apreciação desse Rap, passamos a assistir algumas faixas de um DVD do grupo Barbatuques. Esse grupo tem como característica a produção musical com sons corporais. A qualidade musical desse grupo é muito alta, mesmo sem utilizarem os instrumentos "tradicionais". Podemos ver que com planejamento é possível levar essa proposta à sala de aula. O trabalho com o corpo, além de estimular a criatividade do aluno, é a única maneira de se produzir música que não tem problemas com materiais, pois não é necessário comprar nada para produzir, e pode ter um resultado muito satisfatório.

Ao final da aula, discutimos sobre o curso com o Professor Robert, ministrado nos dias 13 e 14 de abril. Foi interessante pensar nas maneiras em que se consegue fazer música com pessoas de habilidades tão contrastantes. Nesse curso não se leva em conta a imitação e a reprodução. Tudo é feito pela criação de cada um que resultará em um todo. Sem que ninguém opine, a música flui naturalmente, corrigindo-se sozinha. Cada um é responsável por sim mesmo e sua relação com o todo. Esse método é aplicável em sala de aula e vale a pena tentar, pois os resultados podem ser fantásticos e surpreendentes.

20/04/2009

Recesso Acadêmico.

Aula 07 - 13/04/2009

Nessa aula, a professora encarregou os alunos que tivessem material (músicas) envolvendo o Hip Hop de trazê-los para apreciação em sala de aula.

Um aluno trouxe músicas do DJ Sabotage. Uma delas é Dorobo, que está no video a seguir:




Essa música, como outras desse mesmo DJ, refletem a realidade da favela. Suas letras contém muitas gírias, enfatizando bem a linguagem de origem desse Rap. A música desse vídeo, Dorobo, mostra as dificuldades da vida na favela, como a pessoa tem que ser cuidadosa, os atributos que as pessoas devem prezar para não serem vítimas da violência. Como se vê, o Rap não serve apenas para trabalhar música e sua relação com letra, mas abre espaço para a multidisciplinariedade e a transdisciplinariedade. Dependendo da forma como se trabalha, pode-se buscar criar no aluno uma capacidade de senso crítico mais aguçada, buscar uma reflexão sobre a realidade do país etc. São inúmeras as possibilidades do trabalho.

Eu trabalhei Rap em uma turma de 8ª série de um colégio central.

Trabalhamos um ostinato para montar a base, e após esse processo buscamos montar uma base melódico-harmônica para a música. Dividi a sala em grupos, com no máximo 6 alunos em cada, para realizar as criações. Após cada grupo ter sua base rítmica e sua base melódico-harmônica pronta, montamos a letra. O tema seria de livre escolha, buscando resgatar a realidade de cada um.

As letras que os alunos montaram tinham como temática desde temas genéricos, como a vida, até mais específicos, como a violência e a ganância dos políticos.

O resultado foi muito satisfatório. Comprovei na prática a eficácia do Rap na escola e que podemos realmente trabalhar na escola aquilo que vemos na disciplina, adaptando para a realidade escolar e fazendo um bom planejamento.

Aula 06 - 06/04/2009

Essa aula teve como tema a Cultura Hip Hop, especificamente o Rap.

A cultura Hip Hop é formada por 3 elementos principais: O Rap (rhythm and poetry), que é Ritmo e Poesia (música); o Graffite (arte visual); e o Break (dança).

O Rap surgiu nos Estados Unidos na época da Grande Recessão de 1929, quando os músicos dos cabarés e dos bares se viram desempregados e foram tocar nas ruas. O Rap é uma música com muitas rimas, letra com muito conteúdo, ritmo bem forte e predominante.

O Rap é uma boa sugestão para trabalho em sala de aula, pois é um ritmo que chama muita atenção do público jovem e sua temática trata de problemas sociais de vários aspectos e camadas sociais, sendo um bom quesito para trabalhar não apenas a música, mas também a letra.

Essa foi a proposta da aula. A produção de um Rap, levando em conta todos os aspectos musicais e a letra. A sala se dividiu em dois grupos para a produção desse material.

Aula 05 - 30/03/2009

Nessa aula usou-se várias músicas para abordar um tema específico: os ostinatos.

Ostinato, por definição, pode ser: simples (quando se repete durante a música um único trecho) ou composto (quando repete-se dois ou mais trechos distintos sob uma organização pré-definida). Pode ser também classificado conforme o elemento da música em que o ostinato está instaurado, podendo ser um ostinato rítmico, melódico ou mesmo harmônico.

É uma grande ferramenta para se trabalhar música na sala de aula, pois pode ser memorizado e no caso do rítmico (em que é mais aplicado), pode ser utilizado um mesmo ostinato em várias músicas diferentes, como foi feito na aula (por várias músicas terem o mesmo compasso, o ostinato, no caso rítmico, pode ser facilmente aplicado).

Na aula, foram abordadas alguns métodos práticos para entender ostinato.

A sala inteira formou um círculo e todos começaram a manter um ostinato com os pés. Um a um, cada pessoa foi fazendo um rítmo (que tivesse a mesma duração do ostinato, no caso, um compasso). Aos poucos, pode-se intruduzir uma melodia.

Para deixar a ideia de ostinato mais clara, pode-se manter um ostinato e dividir a sala em 2 (ou mais) grupo, sendo que cada grupo canta uma música distinta (que tenham a mesma rítmica entre si e em relação com o ostinato). A sala pode criar cânones com as duas músicas simultaneamente, usando o mesmo ostinato.

Foi sugerido trabalhar com a música "Borboletinha".

O resultado está no vídeo a seguir:


Aula 04 - 26/03/2009

Houve um ‘bate papo’ com a profª Cleusa Cacione, da Universidade Estadual de Londrina.

A professora debateu conosco as possibilidades de atuação para o profissional licenciado já inserido no mercado musical. Para isso, buscou-se entender as competências que o professor de música deve ter para atuar da melhor maneira possível: é necessária a capacitação do profissional, visto que os alunos vêm de realidades muito diferentes e que não existe o hábito de ouvir música em casa, e quando há esse hábito, ele vem de maneira muitas vezes "fraca", e um profissional sem fundamentação e sem as ferramentas para lidar com essa realidade não terá sucesso. É necessário, logicamente, o conhecimento musical técnico e, mais do que isso, a vivência musical. É necessária a formação musical, o "Ser Músico", conhecer o contexto, as realidades, saber se adaptar as diferenças (quanto aos mais elementares significados e elementos que compõem música), e saber tocar. Deve ter sensibilidade nos mais literais e mais subjetivos significados da palavra. Deve se valorizar e valorizar a própria profissão. Deve ser criativo, para lidar com todos esses atributos e com os atributos que os próprios alunos trazem em sua bagagem.

A professora citou o resultado de uma pesquisa realizada com todos os graduandos de música da UEL (em todas as habilitações), e organizou os resultados em categorias que o professor deve se focar: o Saber, o Fazer, o Ser e o Intervir. Dentro de sala de aula, o professor deve entrar com um planejamento com o máximo de detalhes possíveis (saber); deve produzir música (fazer), para não descaracterizar o0 que é aula de música (é claro que a apreciação deve ser estimulada, mas não existe maneiras de ensinar música sem a prática); deve saber conduzir a produção musical (ser [músico]); deve corrigir falhas, melhorar o processo de criação, sugerir, opinar, mudar, "mexer" na música (intervir). É importante ressaltar que esses critérios que devem focar uma aula não são uma "receita de bolo". O professor deve ter condições de produzir com os alunos e deixar os alunos produzirem, sempre dando as ferramentas necessárias e ajudando-o nessa construção.

Entendeu-se que a Educação Musical no Brasil está problemática, e que os avanços para a consolidação desse ensino no Brail depende da classe musical. A Educação em geral se torna um problema quando em suas raízes não existe a ciência que possibilita o melhor desenvolvimento da cognição e da coordenação motora e mental. Será muito útil para o país a implantação de uma Educação Musical forte.

A professora também explicou como funciona o sistema de estágios da UEL, o denominado “Grupo Multiserial de Prática e Ensino”, em que os alunos de todos os anos da Licenciatura possam participar do Estágio.

Aula 03 - 19/03/2009

Foi trabalhada a música Samba le lê, com um arranjo de Daniela Jacoby Stolti. A melodia foi feita com a voz e para tocar a parte rítmica foram utilizados instrumentos "convencionais" como clavas, tambor, caxixis; e instrumentos "alternativos" ou "não-convencionais", sendo esses objetos presentes na sala de aula, como as cortinas, as carteiras, estantes, prateleiras etc. Percebeu-se que a música pode ser construída basicamente sobre ostinatos rítmicos, e transmitida para os alunos por imitação, não necessitando o uso de partitura. O uso de ostinato pode ser útil para poder trabalhar uma grafia musical alternativa com os alunos, escrevendo as equivalências de tempo para introduzir a grafia tradicional. Por ter essa forma, a música pode ser aplicada a grandes grupos sem grandes problemas.

Tocou-se a música uma vez e percebeu-se que os novos "instrumentos" poderiam oferecer mais sons do que os presentes na partitura, portanto, deu-se lugar à improvisação.

Foi gravado um vídeo da aula:


Em um país sem infra-estrutura para aquisição de instrumentos musicais convencionais para todas as salas de aula, podemos fazer música também com materiais presentes no cotidiano escolar. O improviso é importante porque com ele o aluno pode aplicar aquilo que ele explorou do instrumento. A exploração sonora é importante pois a partir desses estímulos dentro da sala de aula o aluno passará a perceber mais os sons que o rodeia e, o mais importante, apropriando-se deles. A produção musical com instrumentos musicais convencionais também é importante, e pode-se usar todas as combinações possíveis para um melhor resultado.

domingo, 19 de julho de 2009

Aula 02 - 12/03/2009

Retomou-se a parlenda "Chicle Tam", sob 2 arranjos diferentes (ambos populares, cantados e "brincados" por crianças de lugares diferentes do Brasil).

Dividiu-se a sala em grupos para a execução das variações. Buscou-se trabalhar intensidade e timbre (imitação de instrumentos musicais com sons corporais e de intrumentos "não-convencionais").

Houve uma discussão sobre a relação existente entre intensidade e dinâmica. Houve um consenso geral de que quanto mais piano (fraco) for a música, mais lenta ela tende a ser; ou que quanto mais forte for, mais rápida ela será executada. Para quebrar essa "regra", trocou-se as funções: tocou-se mais rápido enquanto piano, e mais lento enquanto forte. Os resultados foram satisfatórios.

Pôde-se perceber que exercícios assim na sala de aula são indispensáveis para evitar que o aluno crie imagens musicais equivocadas. Quanto mais pudermos relacionar as partes que formam a música e trabalhá-la como um todo, melhor será para o aluno, pois ele não criará um conceito musical fragmentado.

Na segunda parte da aula, trabalhou-se a música "Samba Lê Lê". A turma foi dividida em pequenos grupos (dividiu-se por instrumento). Houve uma distribuição de instrumentos musicais na sala, sendo Clavas, Triângulos, Tambor, Pandeiro, Flauta Doce (Soprano e Contralto) e Viola de Arco. Os instrumentos melódicos tocaram a melodia da música (a música estava em partitura) e havia quatro linhas de ritmo, sendo que cada instrumento ritmico executou uma dessas linhas. Verificou-se nessa experiência que pode-se executar também com sons do corpo e com a voz, no caso de falta de instrumentos e/ou recursos em sala.

sábado, 18 de julho de 2009

Aula 01 - 05/03/2009

Na primeira aula, houve uma discução sobre a importância da disciplina para a formação profissional, assuntos que abordei na introdução.

Trabalhamos a parlenda "Chicle Tam".

As parlendas têm como característica a ausência de melodia, compondo-se essencialmente de um ostinato rítmico (ou um ritmo simples). Pôde-se verificar que parlendas contribuem na formação musical pois facilita a apropriação do ritmo por parte do educando, tendo em vista que se trabalha esse elemento musical de maneira lúdica. Outra contribuição é na parte linguística, pois ajuda a se envolver com as palavras do vocabulário (incluindo na maioria das vezes palavras de cunho folclórico e popular).

A atividade foi realizada em grupo, dando uma ideia de como podemos utilizar esse conhecimento como ferramenta em sala de aula.

Introdução

É importante para nossa formação como Educador Musical verificarmos os elementos que nortearão nossas atividades dentro de sala de aula. Para isso, precisamos entender o educando (conhecimento adquirido pelas disciplinas do tronco de Licenciatura: Psicologia e Fundamentos da Educação e Didática), precisamos compreender o sistema educacional de nosso país (Políticas Públicas), precisamos compreender Música como um todo (disciplinas do Tronco Comum de todas as habilitações de Música dos quatro anos de curso) e também como transmitir esse conhecimento de modo prático. É nesse ponto que se enquadra a Prática de Conjunto II e III. Música se aprende a partir da prática musical. É importante em nossa formação termos a oportunidade de empreender essa prática, para que não se dê falhas na transmissão do conhecimento. Esse portifólio tem como função registrar aquilo que vimos nas aulas para facilitar nosso trabalho ao elaborarmos nossas aulas e otimizar o processo de produção do conhecimento.